A julgar pelos comentários virtuais pós festim, a classe
teatreira de Porto Alegre teve a cerimônia de Açorianos e Tibicuera que
merecia.
Há alguns anos, quando os grupos que participavam do
moribundo projeto Usina das Artes resolveram usar a premiação – na época
transmitida ao vivo em canal de televisão local - como espaço público de
manifestação não pensaram que os premiados ficariam tão inebriados pela
deferência que ‘esqueceriam’ de levantar questões tão importantes quanto o risco
que se corria da extinção do projeto. Agora praticamente não existe, mas quase ninguém
parece incomodado.
Premiado com troféu, mas calado pela ausência providencial
de microfone, apesar da estrutura montada e das performances contratadas pela
Secretaria, nem mesmo o sumiço da verba dos módicos prêmios às ‘principais’
categorias de premiação é motivo de indignação.
Ouça seu nome e passe no balcão para recebeu seu brinquedo novo. Essa é a nova modalidade de premiação que deveria ser o reconhecimento pela excelência do trabalho artístico. Criado devido à intensa movimentação teatral e pelo aumento progressivo do público de teatro em 1977, os Troféus Açorianos e Tibicuera hoje são figuras patéticas que envergonhariam Vasco Prado.
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