Pesquisar este blog

domingo, 25 de março de 2018

Troféu sem prêmio e sem voz?



A julgar pelos comentários virtuais pós festim, a classe teatreira de Porto Alegre teve a cerimônia de Açorianos e Tibicuera que merecia.

Há alguns anos, quando os grupos que participavam do moribundo projeto Usina das Artes resolveram usar a premiação – na época transmitida ao vivo em canal de televisão local - como espaço público de manifestação não pensaram que os premiados ficariam tão inebriados pela deferência que ‘esqueceriam’ de levantar questões tão importantes quanto o risco que se corria da extinção do projeto. Agora praticamente não existe, mas quase ninguém parece incomodado.

Premiado com troféu, mas calado pela ausência providencial de microfone, apesar da estrutura montada e das performances contratadas pela Secretaria, nem mesmo o sumiço da verba dos módicos prêmios às ‘principais’ categorias de premiação é motivo de indignação.

Ouça seu nome e passe no balcão para recebeu seu brinquedo novo. Essa é a nova modalidade de premiação que deveria ser o reconhecimento pela excelência do trabalho artístico. Criado devido à intensa movimentação teatral e pelo aumento progressivo do público de teatro em 1977, os Troféus Açorianos e Tibicuera hoje são figuras patéticas que envergonhariam Vasco Prado. 

Nenhum comentário: