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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PENSAMENTOS E ESCLARECIMENTOS que me parecem pertinentes neste momento de exceção que estamos vivendo.

O bairro ARQUIPÉLAGO de Porto Alegre é formado por 16 ilhas no delta do Rio Jacuí. Informação desconhecida por uma grande parte da população de Porto Alegre, assim como o fato de que há muitas famílias habitando essas ilhas e, diferente do que muitos pensam, não são todos de baixa renda. Há desde casebres simples a mansões de mais de 8 milhões de reais com lanchas de passeio nos fundos.

As enchentes causadas especialmente pelo excesso de chuvas atingiram a todos, indiscriminadamente e a este bairro, mais que a maioria. Mas, ao contrário daqueles com ótimas condições financeiras, famílias de baixa renda – além de limites inimagináveis a nós, das “áreas mais secas” da cidade – ficam em casas alagadas para evitar que sejam saqueadas se forem para um dos escassos lugares para desabrigados, em meio a outras tantas famílias. Os pertences ainda secos, objetos como eletrodomésticos – se tiverem tempo – são erguidos sobre móveis para evitar o prejuízo.

O deficiente sistema de transporte fluvial e rodoviário que serve aos moradores da região foi obviamente interrompido. Raríssimos veículos existentes nessas regiões mais humildes podem ser usados – alguns estão enguiçados dentro d’água, outros que saíram não podem circular dentro dela. Assim, é óbvia a dificuldade para deslocamento em busca de água potável, comida, atendimento médico, medicação, roupas, calçados, fraldas, cobertas, colchões.

 Desconhecidas da maioria da população e cotidianamente ignorados pelo poder público,  essas pessoas (idosos, adultos, crianças – inclusive recém-nascidas) continuam em casa ou acampadas à beira do asfalto das estradas.

Assim como em diversos lugares do Estado, centenas de voluntários em Porto Alegre dedicam todo o tempo e recursos disponíveis para comprar e coletar doações. Grupos de voluntários, ONGs e instituições diversas organizam mutirões para levar e distribuir doações a famílias atingidas. Esses mutirões incluem também confecção e distribuição de refeições de forma comunitária pois muitos não podem usar fogão ou geladeira pelo alagamento e/ou falta de energia elétrica.

Além de tudo isso, o risco de contaminação por leptospirose, tétano, hepatite é altíssimo e muitas estão com feridas nos pés em razão da umidade constante.

Diante de tal quadro parece-me ilógico que alguém ainda tenha tempo para fazer “caça às bruxas”. A UNIÃO É IMPERATIVA, a participação de todos urgente!  Assim como outros tantos grupos, a Associação Movimento do Bem – AMOBEM - CNPJ - 03.918.950/0001-33, à qual me uni como forma mais efetiva de ajudar pois sozinha conseguia muito pouco, fará novo mutirão no sábado dia 24 de outubro. Toda, absolutamente toda ajuda é importante. Voluntários da área médica, coletores espalhados pela cidade, empresários, pessoas de toda parte são necessárias agora. É de VIDA que estamos falando aqui.

Uma das coisas mais bacanas que observei nesses dias foi ver a união de pessoas humildes que chegavam de carona para ajudar "apenas" com sua força de trabalho aos que traziam pranchas amarradas aos carros para transporte de doações e os que chegavam em grandes utilitários, carregando reboques com mantimentos, jet-skys e todo tipo de meio de transporte capaz de enfrentar os alagamentos.

Não há doação pequena demais!
Encontra uma forma de ajudar no teu condomínio, no teu bairro, ollha as pessoas que trabalham contigo e vê quem precisa de ajuda e quem pode ajudar! As pessoas podem ser surpreendentes!

Vem junto ajudar, mesmo que sendo avisando que podemos buscar um sabonete!


VEM!

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