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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Da humilhação.

Tempos em tempos alguma palavra gruda na boca das pessoas ou através dos teclados nas redes sociais.
A desta semana parece ser HUMILHAÇÃO. Grosso modo, humilhar alguém significa rebaixar a pessoa.
Bem, já que a palavra em questão foi usada com relação a um jogo de futebol, bla, blá, blá, cabe dizer que não houve humilhação. Houve o que se espera num esporte de competição entre duas equipes quando não pode haver empate: um ganha, outro perde. Sendo assim, um time bem preparado técnica e emocionalmente ganhar de outro cujas performances estavam bem aquém do esperado por um determinado grupo de pessoas não é humilhação, é natural.
Humilhação seria exatamente o contrário!

Pra ficar mais claro, vamos a exemplos.

Aluno dar um soco na professora obrigando-a, posteriormente, inclusive, em pedir aposentadoria prévia por total impossibilidade de ter respeito dos demais alunos.

A pessoa pagar convênio do Instituto de Previdência do Estado por mais de 50 anos e ficar 4 dias sentada na emergência de um hospital morrendo de câncer por que não há leito, depois de ter esperado 1h pela triagem e outras 9 pelo atendimento.

Profissional ser proibida de se apresentar numa escola por que defendeu uma professora de um aluno de 7 anos de idade que a ameaçava.

Professores sendo tratados com violência e desrespeito, indo parar no Pronto-Socorro por que a polícia os espancou.

Médicos em postos de saúde trabalhando sob ameaça de homens armados.

Humilhação é ser obrigado a votar, no cabresto, quando isso deveria ser um direito, ponto.

Humilhação é ser tratado como bandido por que seu documento diz que é brasileiro.

Professor ter que ir na delegacia explicar por que tirou celular de aluno durante a aula.

Atrasar as contas por que está sem trabalho, enquanto há pessoas de má-fé que deixam de trabalhar para abusar do benefício de não ter emprego e ter filhos.

Ver que sua sacola foi revistada mas outras não, na entrada do prédio público, observando que a cor da sua pele é diferente das outras.


Ter que ouvir repetidamente “Atriz? Mas trabalha no quê?”

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