Tempos em tempos alguma palavra gruda na boca das pessoas ou
através dos teclados nas redes sociais.
A desta semana parece ser HUMILHAÇÃO. Grosso modo, humilhar alguém significa rebaixar a pessoa.
Bem, já que a palavra em questão foi usada com relação a um
jogo de futebol, bla, blá, blá, cabe dizer que não houve humilhação. Houve o
que se espera num esporte de competição entre duas equipes quando não pode
haver empate: um ganha, outro perde. Sendo assim, um time bem preparado técnica
e emocionalmente ganhar de outro cujas performances estavam bem aquém do
esperado por um determinado grupo de pessoas não é humilhação, é natural.
Humilhação seria exatamente o contrário!
Pra ficar mais claro, vamos a exemplos.
Aluno dar um soco na professora obrigando-a, posteriormente,
inclusive, em pedir aposentadoria prévia por total impossibilidade de ter
respeito dos demais alunos.
A pessoa pagar convênio do Instituto de Previdência do
Estado por mais de 50 anos e ficar 4 dias sentada na emergência de um hospital
morrendo de câncer por que não há leito, depois de ter esperado 1h pela triagem
e outras 9 pelo atendimento.
Profissional ser proibida de se apresentar numa escola por
que defendeu uma professora de um aluno de 7 anos de idade que a ameaçava.
Professores sendo tratados com violência e desrespeito, indo
parar no Pronto-Socorro por que a polícia os espancou.
Médicos em postos de saúde trabalhando sob ameaça de homens
armados.
Humilhação é ser obrigado a votar, no cabresto, quando isso
deveria ser um direito, ponto.
Humilhação é ser tratado como bandido por que seu documento
diz que é brasileiro.
Professor ter que ir na delegacia explicar por que tirou
celular de aluno durante a aula.
Atrasar as contas por que está sem trabalho, enquanto há
pessoas de má-fé que deixam de trabalhar para abusar do benefício de não ter
emprego e ter filhos.
Ver que sua sacola foi revistada mas outras não, na entrada
do prédio público, observando que a cor da sua pele é diferente das outras.
Ter que ouvir repetidamente “Atriz? Mas trabalha no quê?”
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