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sábado, 7 de novembro de 2009
Conhecendo São Paulo - Auditório Ibirapuera
Eis que depois de várias tentativas consigo aproveitar a oportunidade – através do gentil convite da assessoria de imprensa – e conhecer o Auditório Ibirapuera que fica dentro do parque de mesmo nome em São Paulo. A construção projetada por Niemeyer já atrai quando vista de fora e a sensação ao entrar é de que é maior dentro, devido a uma ilusão de ótica. As linhas, formas, combinação sóbria de cores, espaços e reflexos no piso deixam tudo com uma simplicidade sofisticada. Combinações de obras de arte para abrigar arte. Cordialidade é a marca registrada de toda a equipe que lá trabalha com um sorriso no rosto e o auditório em si é um espetáculo à parte. Muito espaço de palco e platéia, comodidade, acústica impecável!
Caso equipamentos de som e luz sejam do próprio espaço então a perfeição deve estar perto de encontrar sua casa. Não busquei dados técnicos específicos, mas os músicos me pareceram extremamente satisfeitos e havia espaço pra cerca de 20 pessoas e muitos instrumentos se espalharem pelo palco. O auditório tem ainda outros espaços de serviços (chapelaria, café), além da escola de música, cenotécnica, técnica de som e luz, produção de shows, etc, para estudantes da rede pública de ensino.
Muitas pessoas podem pensar que é complicado o acesso. Fui até lá de ônibus na maior tranqüilidade. Fica junto ao portão 3, bem defronte ao Obelisco – aquele em memória aos mortos da Revolução de 32, feriado de 9 de julho, lembram? Tem estacionamento e a segurança do Parque. Não tinha me sentido tão à vontade à noite num parque no Brasil e lembrei minha mãe contando de um concerto ao ar livre no Canadá, numa noite de verão. Bem, aqui não é exatamente ao ar livre, mas o espaço é bastante acolhedor.
Nem poderia deixar de ser quando somamos a qualidade do programa musical apresentado. Longe de ser grande fã de música instrumental e jazz, convidei uma amiga pianista pra ir junto e ambas saímos muito contentes. O entusiasmo contagiante dos músicos que tocam com Benjamim Taubkin (Trio +1) e dos grupos convidados: a ótima cozinha do Freefigeira e o batuque Coco da Xambá jogado pra cima do Bongar de Olinda completaram a noite com empolgação, criatividade e talento. O Paulistano precisa se apropriar mais destes espaços que a cidade oferece.
Até o final do ano, outros 8 diferentes programas estão previstos e informações mais completas podem ser obtidas no site do auditório.
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