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sábado, 10 de fevereiro de 2018

O QUE NOS FALTA É CONHECIMENTO, CERTO? Vamos pensar juntos, afinal, pensar é o que tem faltado a muitos.


Sou anarquista em essência. Penso que se todos os seres vivessem bem em comunhão, não seria necessário um Estado para gerir a sociedade. Mas somos egoístas desde o berço e isso faz com que alguém tenha que vir organizar a bagaça.

Então, cria-se o Estado para atender as necessidades de todos, recebendo impostos de modo a fazer com que a máquina estatal funcione em benefício da sociedade pela qual e para a qual algumas autoridades foram eleitas e outras estudaram em suas áreas e depois em concursos para fazer funcionar tudo que é necessário para as pessoas viverem bem dentro do sistema em que escolheram viver. Na teoria deveria funcionar.

O patrimônio do Estado é para garantir os direitos iguais – ainda que neste momento amplamente sonegados – de todos: saúde, educação, etc. A partir deste mínimo as pessoas deveriam conseguir o suficiente para lutar com os próprios braços e pernas.  Quando este patrimônio é vendido, ele fica a serviço dos seus proprietários, que visam lucro. Ponto. Não deverão satisfação a mais ninguém (salvo especificidades legais). Então, quando o Estado tiver vendido tudo e tiver que recorrer ao empresariado para devolver ao povo o que consta na constituição, deverá pagar o preço de mercado, correto?
Ao invés de escolas estruturadas e com professores respeitados e interessados no ensino, deverão pagar empresas o preço que essas quiserem cobrar?
Em lugar de devolver ao aposentado em benefícios como hospitais e atendimento digno, deverá comprar este atendimento para repassar ao povo e cumprir minimamente as Leis?
Quando for construir uma estrada, já que não terá fundações e autarquias que instruam  governo, como faz por exemplo, a FEE, ele terá que acreditar no que dizem os vendedores de projetos das empresas privadas?
Quando for imprimir o material necessário para uso interno, terá que cotar em diversas gráficas por que a sua – que dava lucro – está agora na mão de amigos.

Então chegará o momento em que o próprio governo perderá a razão de existir, não? Por que precisamos pagar rios de dinheiro para alguém nos dizer quem cobra o preço menor e entrega o serviço? Façamos nós mesmos! Aliás, para que o empresário vai precisar pagar o governo, se ele já é dono do campinho? Para que intermediários?


Fico em dúvida se quem defende a venda do patrimônio público é apenas ingênuo ou realmente cúmplice.

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