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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

João 3/1/1963 - 27/12/2012

No começo eu demorei um pouco pra acertar o dia. Aliás isso sempre me acontece, tenho dificuldade em registrar datas, então não costumo ser muito expansiva em parabenizações, mesmo em tempos que rede sociais nos ajudam nisso.

Então associei a estas 'comemorações' de final de ano e quando falava no assunto, sempre dizia algo como "e aí, vamos esticar a festança de ano-novo?" só pra ver se ele ajudava a lembrar o dia. Mas então veio o momento em que isso simplesmente não importava. Com ele, comigo, com os outros. Nunca fui uma pessoa de datas, apesar de algumas sempre ficarem marcadas na minha cabeça por um motivo ou outro.

E provavelmente não seria diferente este ano, apesar da meia década, o que geraria muita 'pegação de pé' durante um tempo. Eu mandaria um SMS ou e-mail - talvez até ligasse - apesar de saber que ele não curtia muito; também não era nosso meio de comunicação mais eficaz. Sempre fomos amigos de marcar um café, sentar e conversar por horas. Isso nunca mudou. Somos pessoas de contato humano. À exceção do momento em que reatamos após um período de "crescimento pessoal" e ficamos dias conversando por SMS, sempre fomos pessoas de olho-no-olho. E isso, além do sorriso era algo que marcava o João. Quando não conseguia olhar no olho da pessoa... ish, a coisa tava séria, de uma forma ou de outra.

A família teve sua companhia por meia década, eu por pouco menos da metade. Mas uma das coisas que ele me disse uma vez nunca me sairá da mente. Que ele sabia que esta era apenas uma etapa e que nós dois ainda nos veríamos muito em outra oportunidade. Essa certeza me conforta.

E lá foi ele na frente.

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