As imagens passam tonteando em frente aos olhos. O odor acre invade as narinas e causa um tremor.
Os dentes mordem os lábios que sangram. Temor. Suspiro. Respirou fundo e continuou a leitura.
O ônibus sacolejava e era difícil fixar o olhar... Sem muita vontade levantou o rosto e olhou
novamente aqueles rostos anônimos como o seu, o gado enlatado em trens e ônibus.Vida de gado.
Povo marcado. Povo feliz. Não se sentia feliz. E a leitura não ajudava.
Ajudava, mas não naquele momento.
O bicho insistia em morder a borda do cérebro com aquele medo.
A porta abriu...tschhhh...olhou pro asfalto...os carros pra lá e pra cá...pra lá...pra cá...
num balanço lindo em frente aos olhos..chamando...entregou-se ao balanço.
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