
Antonio Nóbrega é desses brasileiros de modos simples mas com educação refinada e uma vida tão musical que seu nome hoje em dia é indissociável da arte. Tem um amor tão grande pela cultura popular brasileira que a leva pro palco mexida, ampliada e nos faz amá-la também.
Anos atrás o vi ao vivo pela primeira vez, no show que tinha o mesmo nome do CD que foi impossível não comprar: Madeira que Cupim Não Rói. Com a esposa bailarina, nos mostrava o Brasil que não temos o hábito de ver, numa grande brincadeira com figuras de animais e dançadores invadindo o palco.
Ele compartilha esse amor pela música e dança brasileiras com o público de forma tão divertida que fica impossível a gente não se apaixonar pela nossa cultura, não sentir vontade de procurar alguns vídeos, acompanhar programas da TV Cultura e sair dançando pela rua.
Em NATURALMENTE, ele transforma essa pesquisa pessoal de todos os cantos e recantos do Brasil – que faz por puro interesse pessoal há muitos anos - em uma deliciosa aula de ritmos, coreografias inspiradas em côco de roda, batuques, candomblé, umbigadas, bastões, sapateado, procedimentos coreográficos e assim vai desfiando parte do glossário da cultura corporal popular brasileira, como ele mesmo falou várias vezes. Intercala música, vídeo, coreografias das quais ele mesmo participa ativamente, com seus 58 anos de idade - e quase 40 estudando a cultura popular brasileira.
Ainda é possível ver – parece que os ingressos não estão esgotados. Pena que tanta gente compre e no dia resolva não ir e o SESC não libere pra quem não conseguiu comprar... Ficam lugares vazios, dá dó!
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