No RS, você não precisa gostar e estudar profundamente sobre a cultura local pra ver, o tempo todo, manifestações culturais tradicionais e ouvir com certa constância o Hino do Estado. Fazem parte do cotidiano certos hábitos. Pessoalmente, acho interessante você saber sobre a sua identidade, saber de onde veio pra ver melhor pra onde vai. Assim como a cultura Pernambucana é representada mais pelo frevo, como o Boi Bumbá (Bumba-meu-boi) nos lembra da região norte, especialmente do Maranhão, cada região tem suas tradições.
Assim é com o Estado de São Paulo. A diferença, é que, sendo a capital uma cidade cosmopolita (duvido que exista alguma nacionalidade não representada aqui) e a região destino de muitos migrantes, a cultura local está diluída há muito tempo. Da mesma forma que tive interesse em pesquisar sobre o hino paulista há alguns meses, senti vontade de conhecer mais da cultura da região onde vivo (antes tarde que nunca!). Ainda não consegui ir ao Parque da Água Branca na capital onde todo ano, em setembro, acontece um festival de cultura paulista tradicional, com comidas típicas, danças, artesanato, etc. (em 2010, XIV Revelando São Paulo - Festival da Cultura Paulista Tradicional, mas vou! Vendo um trecho de um programa da TV Cultura (Viola, Minha Viola) resolvi pesquisar ‘interneticamente’ sobre a cultura tradicional paulista, que compartilho aqui.
Comecei pelo Catira, dança tradicional cuja origem muda conforme quem conta a história: Minas Gerais ou São Paulo? Olhando daqui e dali, encontrei o site Terra Paulista, caprichado e talvez pouco acessado sobre as tradições do Estado. Glutona, fui logo olhar sobre a alimentação e lá estão a participação de nacionalidades diferentes, a contribuição indígena e a força da comida tropeira, caipira, dos desbravadores e colonizadores bandeirantes. Arquitetura local, moradias – o que me fez lembrar um antigo projeto de sair com uma amiga em finais de semana estrada afora e conhecer pequenas localidades e lugares diferentes, pouco visitados.
Abra o armário do site, na parte de COSTUMES, pra ver e ler sobre as roupas dos bandeirantes ou sociedade cafeeira da elite aos escravos. Sem esquecer, claro, dos ‘caubóis’, peões e caipiras. ADOREI a parte sobre as famílias formadoras do estado: imigrantes – só índio não é imigrante, né? Bem, em tempos imemoriais, talvez... (xiii, longa discussão), elites, indígenas, camadas ‘populares’, escravos; um instigante link “mulheres” e muitas outras coisas que se pode chamar de ‘bacana’.
Na cidade paulista de Mauá, por exemplo, cultiva-se a tradição de dançar o Catira. Há famílias que dançam o Catira há gerações, com um sapateado e palmeado singelos, realizada por homens mas sem nenhuma restrição à participação feminina. A dança de fitas, que eu nem imaginava que havia aqui também (como em outros estados) e a quadrilha – considerada ‘dança caipira’ – de origem francesa, tão característica do Estado estão entre as muitas manifestações relacionadas no item “festas, danças e folguedos”. Fiquei curiosa com a parte sobre o ‘neo-caipira’ e no site se pode escutar um pouco. Lembrou-me, não sei por que, o movimento ‘mangue beat’ em alguns momentos.
Eu me diverti bastante passeando pelo site. Entre também no link do Projeto Terra Paulista Espero que você tenha tempo pra curtir um pouco dessa cultura tão rica. Boa viagem!
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